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Doença Degenerativa: Síndrome de Alzheimer



A Síndorme de Alzheimer é uma doença evolutiva com início aos 65-70 anos. Quadro demencial com perda progressiva das capacidades intelectuais. Tem uma importante predisposição genética, mas associada a vários genes (cromossomas 19, 21, 14 e 1). 
- Cromossoma 1 e 14 - Genes da pré.selinina 2 e 1
- Cromossoma 19 - Onde se localizam formas específicas do gene para apolipoproteína E (a apolipoproteína E4 parece estar relacionada com o tranporte e a deposição dos fragmentos amilóides).
- Cromossoma 21 - Por mutação no gene precursor da proteína beta amilóide (PPA)



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A sua etiologia é mal definida:
- Alteração da síntese de acetilcolina
- Córtex associativo e núcleos subcorticais; Amígdala e núcleo basal de Meynert no hipocampo.

Consequências fisiopatológicas:
- Morte neuronal com atrofia cerebral.
- Perda sinaptica
- Perturbações memória
- Afaso-apraxo-agnóstica (Apraxia é a incapacidade de executar movimentos e gestos precisos; agnosia é a incapacidade de reconhecer objectos; afasia é a deterioração da linguagem.)



Fisiopatologia:
1 - Formação de depósitos proteicos fibrilhares, placas neuríticas ou senis.
Uma proteína percursora do amilóide (APP), constituinte normal das membranas, sofre clivagem anormal formando a proteína beta amilóide que é tóxica para o Sistema Nervoso Central e provoca uma reacção inflamatória. Os fragmentos desta proteína juntamente com dentrites e axónios danificados formam as placas neuríticas que precedem a necrose dos neurónios. Estas placas induzem a disfunção sináptica e a activação de células da glia (astrócitos e microglia). A existência de placas neuríticas afecta as mitocôndrias e, consequentemente, promove a produção de radicais livres. Os radicais livres provocam estragos ao nível das membranas celulares, proteínas, DNA, etc. Resultado: aumento da apoptose.

2 - Degenerescência neurofibrilhar.
Os emaranhados neurofibrilhares são fibras anormais que se formam do interior das células nervosas - hipocampo e amigdala. São constituídas pela proteína Tau, que faz parte dos microtúbulos, tendo como função a sua estabilização. Na forma fosforilada as proteínas Tau agregam-se, tornando.se insolúveis. Ocorre desorganização do citoesqueleto celular, o que causa a desintegração dos microtúbulos, afectando assim o sistema de transporte dos constituíntes dos neurónios no citoplasma.

3 - Galanina.
A galanina é um neurotransmissor peptídico que se encontra em excesso na Doença de Alzheimer. Este inibe a acção da acetilcolina (neurotransmissor não-peptídico que contribui para as funções cognitivas - aprendizagem, memória...)

Manifestações:
- Iniciais: perda de memória de curta duração, agitação, lentidão no raciocínio, dificuldade em perceber palavras e alteração na conversação, depressão alternada com agitação.
- Tardias: Alteração dos reflexos, fraqueza geral, incontiência urinária e fecal, crises epiléticas, estado vegetativo precede a morte.

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