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Hordéolo, Treçolho, Terçol

O que é?
Hordéolo ou treçolho é o mesmo nome dado ao pequeno abcesso no folículo de uma pestana ou nas glândulas sebáceas da pálpebra. O abcesso é resultado de uma inflamação bacteriana (por Staphylococcus aureus) aguda que gera uma quantidade elevada de pus. O hordéolo pode ser também devido a uma blefarite, isto é, a uma infecção na pálpebra que é consequência de dermatite seborreica.
Normalmente fica vermelho, inchado e pode levar a sensibilidade à luz e a lacrimejamento.



Causas:
- Blaferite
- Maquilhagem sem utilização de produtos de limpeza adequados (como por exemplo água micelar ou sabões não irritantes para os olhos)
- Poeira
- Má nutrição
- Stress
- Má higiene no uso de lentes de contacto

Como evitar?
Manter a higiene matinal ao lavar a cara com sabão e/ou água micelar e água e prestar maior atenção a pessoas que coloquem maquilhagem e que utilizem lentes de contacto.


Como tratar?
A maioria dos hordéolos desaparece sem aparente tratamento ou ataque. Porém parece haver várias acções que atenuam o treçolho e/ou fazem com que ele desapareça mais rapidamente:
- Aplicação de compressas mornas pode acelerar a drenagem;
- Pomadas com antibiótico (normalmente eritromicina);
- Em casos extremos, e raros, alguns médicos optam pela drenagem por agulha.

Existem alguns tratamentos caseiros, não cientificamente testados, que consistem na aplicação de compressas que chá de camomila durante 10 min.

Olheiras


O que são?
Olheiras é a designação dada à coloração em forma de meia lua, por baixo dos olhos. A coloração é escura, aproximadamente arroxeada.

Porque é que existem?
As olheiras existem porque se dá a vasodilatação das veias presentes na área que está sob os olhos (onde a pele costuma ser fina e assim deixam as veias visíveis). Com a vasodilatação os glóbulos vermelhos poderão sair dos vasos para o interestício e formar pigmentos escuros (de ferro, neste caso. O ferro faz parte da hemoglobina presente nos eritrócitos).

Existe outra razão para a existência de olheiras: concentração elevada de melanina na zona sob os olhos.

Causas das olheiras?
- Hereditariedade
- Idade – Ao avançar na idade, a probabilidade de ter olheiras é maior
- Poucas horas de repouso/sono
- Anemias
- Alergias
- Medicamentação
- Stress
- Exposição solar

Como previnir?
- Beber bastante água
- Usar protector solar de factor adequado (normalmente maior que 30)
- Dormir/descansar o número de horas suficiente
- Alimentação cuidada: alimentos ricos em vitamina C
- Utilizar um correctivo (disponível em vários tons de pele)
- Utilizar hidratante (cremes ou geles) específico para zona ao redor dos olhos

Alguns tratamentos:
- Terapia com rodelas de pepino sobre os olhos fechados. Durante 10 minutos;
- Aplicação de cremes ou geles com vitamina K diminuem o edema sob ocular. Flavonóides, retinol e ácido hialurónico aumentam o tónus venoso e, assim, diminui a vasodilatação.
- Tratamento laser – realizado pelos dermatologias. Os feixes de luz pulsada clareiam a pele, pela diminuição dos vasos sanguíneos presentes na região abaixo dos olhos.
- Drenagem linfática – Ao diminuir a retanção de líquidos, diminui o edema associado, por vezes, às olheiras.
- Carboxiterapia – A aplicação de gás carbónico reage por retroacção, isto é, aumenta a dilatação dos vasos, para melhor circulação sanguínea.
- Receitas caseiras: compressas de chá de camomila gelado por cima dos olhos fechados, folhas de menta frescas por cima dos olhos fechados, pasta de noz-moscada na zona ao redor dos olhos, rodelas de pepino sobre os olhos fechados, utilização de água de rosas na zona ocular e ao redor do olho (com o olho fechado), aplicação de óleo de amêndoa na zona ao redor dos olhos. A utilização de materiais frios é preferível, pois induzem a vasoconstrição periférica.

Psoríase

Psoríase é uma doença auto-imune que só se apresenta na forma crónica, e de imprivisível evolução e regressão. É de carácter hereditário, mas não obrigatório, isto é, é provável um indivíduo ter psoríase se a família for predisposta, mas as probabilidades não aumentam em caso de filho/pai, por exemplo. É caracterizada por placas de pele avermelhadas maioritariamente na zona dos joelhos, cotovelos, na zona lombar e no couro cabeludo.

A sua etiologia é desconhecida, sabe-se somente que há um aumento de lintócitos T, devido à inflamação dos queratócitos e posterior multiplicação dos mesmos. Ao aumentar exageradamente as células da pele, o nosso sistema imunitário responde como sendo uma invasão de um corpo estranho. Assim, observa-se o aumento dos linfócitos T e activação dos factores inflamatórios que aumentam a percentagem de multiplicação dos queratócitos. E isto funciona como um ciclo.

Um doente com psoríase tem maiores probabilidades de vir a contrair artrites (que também é uma doença auto-imune). Relativamente a percentagens, a psoríase ocorre igualmente em mulheres e em homens e também tem uma distribuição homogénea intra e inter-racial.

Existem vários tipos de psoríase: psoríase em placas ou psoríase vulgar (pele vermelha com relevo e coberta com escama prateada); psoríase gutata (de aparecimento súbito e frequente em crianças); psoríase inversa (localização confinada a axilas e virilha); psoríase eritrodérmica (forma muito grave e que cobre toda a superfície cutânea); psoríase com pústulas (aparecimento de bolhas amareladas sobre fundo vermelho).

Tratamento


Não existe um tratamento efectivo para a psoríase, existem pequenos tratamentos para aliviar os sinais:
- Fototerapia – Fontes UV (nunca em excesso) sensibilizam a pele. Usado com precaução pois uma das razões para a evolução da psoríase pode ser o sol.
- Medicamentação – Retinóicos normalizam a proliferação dos queratócitos. Análogos da vitamina D controlam o ciclo de renovação celular. Ciclosporina interfere com mecanismos inflamatórios e imunitários. Emolientes e queratolíticos com uso regular para controlo da descamação.
- Limpeza da pele por peixes
- Psicoterapia, acupuntura
- Cloreto de magnésio



Cuidados a ter:
A exposição solar, o stress, o tabaco, o álcool, alguns antimaláricos e alguns antiinflamatórios e analgésicos devem ser evitados, pois são factores que agravam a evolução da psoríase. Porém é impossível prevenir completamente a doença.

Já existem várias moléculas em pesquisa (e algumas no último nível de investigação) para o tratamento da psoríase. Também alguns estudos estão em curso para a designação dos genes responsáveis para o aparecimento da doença, no humano.

Secura Ocular, Síndrome do Olho Seco, Xeroftalmia, Síndrome de Sjögren, Queratoconjuntivite

Quando existe secura ocular, existe deficiência na quantidade ou qualidade da lágrima, que pode levar à rápida evaporação da mesma.



As lágrimas constantes são essenciais visto que promovem a lubrificação da córnea, facilia a visão e evita infecções oculares; também serverm para limpeza do epitélio da córnea (manutenção da transparência). As lágrimas reflexas são produzidas por algum factor extrínseco à fisiologia comum do olho, isto é, as lágrimas reflexas são produzidas por um estímulo (emoção).

Existem três camadas no olho: a camada mais externa (lipídica), a camada intermédia (aquosa) e a camada interior (mucina). É na camada mais externa que existe a evaporação da lágrima, o que causa a maioria dos sintomas da secura ocular. A camada aquosa é a camada onde se apoia as lentes de contacto (e que são outra razão para a secura ocular).

O olho seco poderá ser um problema crónico quando a idade aumenta (e principalmente em mulheres em período pós-menopausa) e quando existem doenças como artrite reumatóide, lúpus eritematoso, diabetes, doenças renais crónicas e doenças da tiróide crónicas.

Em relação ao olho seco, quando não crónico, pode ter como causas a toma de medicamentos (contraceptvos, anti-depressivos, ansiolíticos, anti-histamínicos, diuréticos e outros) o uso de lentes de contacto, o estado de pós cirurgia ocular e condições ambientais (ar condicionado, fontes de calor, poluição).



Quando um indivíduo tem secura ocular normalmente queixa-se de sensação de areia nos olhos, lacrimejar, olhos vermelhos e inchados, fotosensibilidade.

Tratamento:
- Colocação de lágrimas artificiais em colírio (mais usual). Se usar lentes de contacto terá que retirar as lentes e só voltar a colocar 10 minutos depois da toma do colírio.
- Redução do tamanho da fenda palpebral (redução da evaporação) (para doença mais severa)


Auto-hemoterapia



A técnica de auto-hemoterapia consiste em retirar um volume de sangue venoso do doente (volume esse que varia com a doença e volume corporal da pessoa) e, de seguida, injectá-lo intramuscularmente na nádega ou braço.

Este assunto é alvo de grandes contradições dentro da actividade médica, visto que não existem estudos certificados que confirmem a total segurança do procedimento. Na realidade já foi documentado que várias pessoas morreram devido a esta prática.

Este procedimento visa aumentar o número de monócitos e posteriormente de macrófagos, uma vez que o sangue injectado é estranho (apesar de provir mesma pessoa), pois contém antigénios. O número de macrófagos aumenta porque a rejeição do próprio sangue estimula o sistema do retículo endotelial. Segundo algumas fontes, o número de macrófagos aumenta cerca de quatro vezes.

Já foram notificadas algumas curas com esta terapia (alcoolismo, alergias, asma, diabetes melitus, pneumonia, psoriase, e muitas outras), porém nunca arquivadas e cientificamente aceites. Legalmente, esta prática médica é proibida devido aos grandes riscos de saúde que o doente pode ter, e que estão directamente relacionados com sepse e assuntos sanitários. Também já foram notificadas, segundo fontes, dores, edemas, hematomas, infecções e mortes. 

Há quem defenda que a auto-hemoterapia, como não é uma prática médica que utilize produtos patenteados e portanto movimentação de dinheiro.
Quem rejeita esta prática apresenta unicamente as razões sanitárias e de rejeição de sangue para não a realizar. Também o facto de não existirem artigos científicos que comprovem benefícios e excluem os perigos é importante para uma legalização desta prática.

Sendo assim, a auto-hemoterapia é ilegal. Se fizer este procedimento clandestinamente, você é o único responsável pelo insucesso e pelos perigos que daí advêm.

Comentem!

Transplantes

Um transplante é a transferência de células, tecidou ou órgãoes de um dador para o receptor, com o objectivo de restabelecer a função do organismo do receptor.

Para o transplante ocorrer com sucesso, é necessário que haja compatibilidade de tecidos. Isto é, o sistema imunitário do receptor tem que estar preparado para aceitar algo que não pertence ao corpo. Para isto é preciso que o excerto doado tenha a maior afinidade para o receptor.

Antigénios A, B e Rh: estão presentes à superfície das células e alertam o organismo da existência de células estranhas.  O tipo de sangue é essencial para o sucesso do transplante: só se pode transplantar tecidos provenientes de pessoas com tipos de sangue compatíveis (a mesma regra para as transfusões sanguíneas).

Antigénios leucocitários humanos HLA: Quanto maior a compatibilidade dos HLA entre dois organismos, mais probabilidade de sucesso no transplante. O HLA é usualmente idêntico em gémeos verdadeiros; e pessoas de famílias diferentes, os HLA são geralmente diferentes, daí a dificuldade em obter um dador compatível.



Visitem estatísticas de transplantes:






Tosse


Tosse é a designação dada a a um movimento corporal súbito onde ar inspirado sai da cavidade bucal a uma velocidade que pode chegar a 400 km/h. É um movimento reflexo com variadíssimas causas: inspiração de partículas estranhas, eliminação de muco, entre outras. A nível crónico, é comum observar tosse crónica em fumadores com doença pulmonar obstrutiva crónica, asmáticos, doentes com refluxo gastro-esofágico, bronquites e doentes medicados com inibidores da enzima conversora da angiotensina. Também existe tosse psicológica.



A nível fisiológico, a tosse é provocada por pela activação do nervo vago. Quando a capsaicina é libertada, o nervo vago é activado. O nervo vago percorre os pulmões até ao cérebro.

Existem dois tipos de tosse: tosse produtiva (com expectoração) e tosse não produtiva (seca). A terapêutica deve ser ajustada para os dois tipos de tosse:

Tosse seca:
- Fármacos com acção central: codeína, dextrometorfano.
- Fármacos com acção periférica: Lidocaína (broncocospias), antihistamínicos (para tosse associada a alergias), dropropizina.
- Fármacos com acção local: demulcentes, mel, essências, gomas, mucilagens, nebulização com água.

Tosse produtiva:
- Expectorantes de acção directa: óleos voláteis, essências balsâmicas.
- Expectorantes de acção reflexa: iodetos, benzoato, ipeca, cloreto de amónio.
- Mucolíticos: acetilcisteína, bromexina, ambroxol, carbocisteína, sobrerol.
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