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Osteoporose

A OSTEOPOROSE é uma doença esquelética sistémica (osteopatia metabólica) caracterizada pela diminuição da massa e deterioração da microarquitectura ósseas, com aumento da fragilidade do osso e do risco de fractura, uma vez que o equilíbrio entre a formação e a reabsorção do osso se encontra alterado.

Afecta 20 a 30% das mulheres após a menopausa, 50% das mulheres acima dos 60 anos, e 13% dos homens acima dos 50 anos. As doenças do metabolismo mineral e ósseo têm vindo a aumentar com o envelhecimento da população, daí que seja cada vez mais importante o rastreio e o diagnóstico precoce.
A evolução da doença: Osteopenia -> osteoporose -> Fragilidade óssea -> Fractura

NOTA: Osteopenia é uma patologia que consiste na diminuição da densidade mineral dos ossos. É precursora da osteoporose. Classifica-se osteopenia quando a massa óssea é de 10 a 25% menor que a considerada normal; mais do que isso classifica-se como osteoporose.

Osteorposose primária

- Não surge como consequência de nenhuma outra doença
- Idiopática da criança e do jovem (doença de origem congénita é rara)
- Involutiva: Tipo I (pós-menopausa) – Sexo feminino, o osso afectado é trabecular e a velocidade de perda de massa óssea e a sua causa fundamental é a menopausa; Tipo II ou Senil (Idoso, homem e mulher com mais de 70 anos) – osso afectado é trabecular e compacto, a velocidade de perda de massa óssea não é acelerada e a causa fundamental é o envelhecimento.

Osteoporose secundária

Deve-se a tratamentos, patologias e factores hormonais que estimulam a actividade dos osteoclastos e, portanto aceleram a perda de massa óssea, como, por exemplo, tratamentos com anticoagulantes (heparina e derivados), anticonvulsionantes e citostáticos. Pode também ser provocada por tumores que metastizam para os ossos.
Quer no homem, quer na mulher, a osteoporose e o aumento do risco de fracturas podem ocorrer como consequência de diversas situações clínicas:
•          Doenças genéticas,
•          Hipogonadismo (défice de hormonas sexuais),
•          Doenças endócrinas (hormonais),
•          Doenças hematológicas (doenças do sangue),
•          Doenças gastrointestinais,
•          Deficiências nutricionais,
•          Distúrbios alimentares (excesso de proteínas, sódio, fosfatos e cafeína)
•          Alcoolismo e tabagismo
•          Doenças auto-imunes (como a artrite reumatóide e HIV),
•          Fármacos e toxinas,
•          Doenças crónicas sistémicas, tais como doença renal grave.



Sinais e sintomas

Numa primeira fase, a osteoporose não manifesta sinais nem sintomas. Mas, quando surgem, identificam-se como:
•          Dorsalgias e lombalgias
•          Escoliose lombar
•          Inclinação anterior da bacia
•          Diminuição da estatura
•          Diminuição da densidade óssea;
•          Trabéculas ósseas delgadas (osso atrófico);
•          Hipercalcémia e calciúria;
•          Fracturas (coluna vertebral, bacia, pulso e fémur)



Grupos de risco:

•          Mulheres;
•          Caucasianos;
•          Fumadores;
•          Consumidores de álcool ou café em excesso;
•          Diabéticos;
•          Pessoas que se exercitam em excesso.

Prevenção:

•          A reposição hormonal do estrogénio em mulheres na menopausa consegue evitar a osteoporose;
•          Fazer exercício físico regularmente
•          Dieta com alimentos ricos em cálcio:
                             - Leite, iogurte, queijo, bróculos, laranja …
•          Exposição ao sol – Essencial à formação de vitamina D
•          Eliminação de hábitos prejudiciais (essencialmente no que respeita à alimentação e estilo de vida).

Diagnóstico:
Utiliza-se a Densiometria Óssea (DMO) e o Estudo Radiológico.
O estudo radiológico é pouco eficaz. A realização de radiografias convencionais pode identificar ou confirmar a existência de fracturas em mulheres com suspeita de fracturas osteoporóticas. No entanto, a radiografia é pouco fiável na avaliação da densidade óssea, pelo que é inadequada como meio de diagnóstico de osteopenia ou de osteoporose em mulheres sem fracturas.


A densiometria óssea mede a quantidade de mineral existente numa determinada área de osso. As mulheres a partir dos 40 anos deveriam fazer uma DMO para ter uma ideia da sua massa óssea.

 Quando se compara um valor da DMO dum determinado indivíduo com o valor médio da DMO de uma população de adultos jovens do mesmo sexo, a relação entre os dois valores, expressa em número de "desvios-padrão" (DP), é designada índice T (T score).

O índice T descreve a diferença entre a massa óssea actual do indivíduo e a massa óssea da população de adultos jovens.

De acordo com a OMS, diz-se que há osteoporose quando o índice T tiver valores inferiores a -2,5 DP e osteopenia quando o índice T se situar entre -1 e -2,5 DP. Valores superiores a -1 são considerados normais.e risco de fractura e, após a menopausa, fazer o controlo de 2 em 2 anos. A DMO está relacionada com o risco de fractura por fragilidade óssea.

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